segunda-feira, 23 de novembro de 2009

THE PERFECT THERAPIST

O terapeuta perfeito não é dogmático, ensimesmado ou puramente racional.
Ele aceita o que não sabe, e tenta aprender com a novidade.
O terapeuta perfeito não impõe a sua verdade ao cliente, mas sugere com amor as hipóteses de verdade que surgem na sua mente, fruto de seu dedicação para com a ciência.
O terapeuta perfeito é, antes de mais, uma alma a serviço do bem, ama o bem-estar, a qualidade de vida e a vida plena carregada de sentido.
O terapeuta perfeito se aperfeiçoa no conhecimento mas não se envaidece, busca saber mais e vai além de sua zona de conforto.
O terapeuta perfeito também erra, porém investiga se existe algum fundamento de verdade em seu equívoco.
O terapeuta perfeito respeita a pessoa de seu cliente, interessa-se por seu mundo e desafia-o a ir mais além de si mesmo.
O terapeuta perfeito tem cultura geral, política, social, religiosa, espiritual e sabe que o seu trabalho interfere com todas essas dimensões. Pois...
O terapeuta perfeito não é ingénuo, mas é inocente de desejo de controlo, de domínio ou autoritarismo.
O terapeuta perfeito é perfeito porque tem prazer em o ser... que mais poderei dizer sobre ele?

domingo, 8 de novembro de 2009

HOW CAN PSYCHOTHERAPY WORK?


  • Verbalization: Exploring the problem has a catartic effect and at the same time it enhances a better understanding for the individual.

  • To be listenned: elicits a sense of dignity and confidence in the therapist and in oneself: "It's ok to talk about my problems because someone is going to hear me and help me. I no longer need to hide from my problems and to feel insecure about them."

  • Technique: used at the right time. (timing) Psychological knowledge must become flesh in you. However, avoid artificiallity! The "Tool Box" must be openned only when it is necessary and when it makes sense using it. Do not make the psychotherapy setting a ridiculous or forced ambience.
  • Human qualities: of the therapist, but as well of the client. A person that is not commited to change cannot be taken seriously and a therapist that fails in the realm of human qualities cannot be considered a good professional. H.Q. makes the dynamics of healing go forth.
  • Match: the right therapist for the right cliente. If that's not possible, both client and therapist have to make an effort of adjusting themselves to each other and recreating the psychological relationship.

sábado, 31 de outubro de 2009

OS "FERRAMENTEIROS"

Esta expressão ouvi-a à pouco tempo, referente àquilo que muitos psicólogos e pxicólogas têm se tornado, ou sobre aquilo que é esperado que sejam.
Vem a propósito da orientação funcionalista, mais presente nos modelos behavioristas e cognitivistas, que se caracteriza pela conceptualização dos modos de funcionamento do sujeito psicológico e não tanto da sua organização estrutural.
Estes modelos, mas eu diria, não só estes modelos, correm o risco de derrapar, e já derraparam, numa ferramentalismo, no qual, o valor supremo é o da ferramenta.
"Somos esperados ser ferramenteiros", ouvi eu esta semana, frase que me soou muito bem aos meus ouvidos. Ou seja, exaltando idolatricamente o valor da técnica... quer dizer, na verdade nem será da técnica, pois eu louvo muito a técnica caso contrário não havia sentido estudar para se ser psicólogo, mas sim o valor, ou o suposto valor, de caixas e mais caixas de mini-técnicas vazias, ocas, sem sentido, sem estreita ligação com a formulação conceptual, e tornando a Psicologia mais um jogo de bonecas do que outra coisa.
Penso que o mais gritante não é propriamente aquilo que foi inventado até agora, o que me preocupa são os actuais modos de utilização desse material relativamente interessante, que perpetuam uma grave desvalorização da Ciência Psicológica, o desfazamento entre estratégias de intervenção e realidade, ou seja, a concrectude do problema, o distanciamento entre os psicólogos e a sociedade - e aí cabia investigar-se se haveriam diferenças a nível socio-económico-, entre outras consequências desastrosas que já são uma realidade actualmente.
E depois perguntam-se porque é que as pessoas são tão "resistentes" ou porque o psicólogo não consegue intervir nos processos de primeira ordem (centrais) do cliente...

Cumprimentos,
PSYCHO-TALKING.

domingo, 25 de outubro de 2009

ULTRA-MODERN SCIENCE

Caros psicólogos e profissionais de disciplinas associadas,
Tenho reflectido muito ultimamente acerca da necessidade de uma modernização no campo da Psicologia que para mim passa pelos seguintes pontos:
- uma objectivização das patologias, traduzindo-se no uso do diagnóstico
- o recurso às neurociências
- criação de laboratórios com o maior grau de precisão
- desenvolvimento da teoria psicanalítica
- desenvolvimento de uma tecnologia do comportamento tal como Skinner visionou
- reconhecimento da complexidade do ser humano
- oficinas de desenvolvimento humano
- alteração dos critérios de avaliação
- criação de fóruns de discussão nas faculdades
- maior sensibilização para a necessidade da terapia individual (estudantes)
- maior diálogo interdisciplinar e
- maior contextualização

Para além disso, penso que seria importante revermos nossos preconceitos particulares que não promovem a união entre os profissionais e que, como consequência, impedem o avanço da disciplina (assim como denotam uma triste falta de auto-conhecimento).
Sem psicologismos ou qualquer tipo de etiquetagem ou rotulação negativa, o psicólogo é capaz de se tornar uma grande e poderosa força na sociedade, capaz de incentivar o seu desenvolvimento tecnológico, económico, artístico, político, etc... pois uma sociedade evoluída só pode ser feita por pessoas saudáveis e libertas das amarras anímicas repressoras.
E claro, não só no campo clínico, como em todos as áreas em que o psicólogo se insere, o desenvolvimento humano deve se fazer sentir para, a partir daí, todos os outros progressos societais ocorrerem.

domingo, 18 de outubro de 2009

PSICOLOGISMOS E FUNK

Quero ver essas psicólogas fazer terapia num contrabandista da favela da rocinha ou do morro do alemão.
Levam bulling na hora.
Tenho pensado seriamente nos processos de intervenção viáveis numa favela.
Será que seriamos Psicanalistas, Constructivistas, Behavioristas, Cognitivistas, Sistémicos, ou Ecléticos?
Teriamos visão político-social como um bom maçom, ou veríamos as coisas apenas em termos de cultura?
Ah ah, se fossemos por esse último prisma estaríamos tramados, iríamos ser imediatamente engolidos pelo estoicismo carioca e pelos mais recentes conceitos da favela chic, que incluem a moda funk e o humanismo feijão-com-arroz.
Como instauraríamos uma psicanálise mainstream de que os meninos da favela são craques?
Sugiro aos mais altos comissários da Psicologia mundial que comecem a promover estágios na favela. Que experiência eu ganharia como psicóloga!
Ai Ai, quantos doutoramentos ficariam em águas de bacalhau!
E, porque psicologismos sôtora?
Porque é exactamente o que tem sido o nosso erro, e o que nos tem impedido de avançarmos e, consequentemente, de sermos eficazes, tenazes, sagazes, e fugazes como a faísca entre dos amantes que se entreolham.
Tais qualidades, dignos camaradas, é tudo o que precisamos.
O psicologismo já teve o que tinha a dar, e para mais informações sobre o que significa psicologismo consulte, entre outros, a obra de Viktor Frankl. Quero, no entanto rematar, que não é apenas a negação do espírito sino que também se trata da negação do contrário, a saber, do material.
Pois é em locais como uma favela que se vê quem é quem, quem estudou para o seu umbigo, ou para servir a Humanidade. Em locais como esses, intelectualismos não têm lugar, muito menos saber enciclopédico vazio. O que conta é ciência, e ciência aplicada. E na Ciência não há lugar para psicologismos.
É numa favela que vemos quem aprendeu a tal da regra da neutralidade, que me deram a conhecer na minha segunda aula da Faculdade. Trocado por miúdos, lá que vemos se temos preconceitos e emitimos julgamentos, se somos senso-comum ou não.
Psicologismos e funk. Dá para encarar?

sábado, 17 de outubro de 2009

PSIQUIATRIA E PSICOLOGIA

Este post vem em tom de desabafo...
Hoje quero vos falar da eterna disenção entre psiquiatras e psicólogos.
cada um puxa para o seu lado e, enquanto a discussão está avivada, os mais espertos, depois de um bom curso médico fazem, com toda a dignidade e distinção, formação em psicoterapia nos mais variados modelos psicológicos.
Depois os psicólogos reclamam.
Ora bolas, isto não pode ser assim.
Aprendamos antes com nosso caros colegas bem mais razoáveis do que nós, já que eles vão em busca dos nossos tesouros.
O problema é que os próprios psicólogos e pxicólogas conformam-se ao status quo que, basicamente, consiste em considerar a Psicologia uma ciência de segunda categoria.
Penso, que apesar dos vários modelos teóricos já existentes, a resposta à pergunta "Para que serve um psicólogo?" é ainda muito difusa.
Corremos o risco de nos tornarmos demasiadamente teóricos, e por isso, alienados, mas também de nos precipitarmos com técnicas de intervenção sem sólida fundamentação conceptual.
Nem muito literários, nem demasiado e esterilmente tecnicistas.
Porque o literário perde-se nas suas palavras e no seu jogo de palavras e afasta-se da ciência e porque o tecnicista é vazio e ineficaz desde o início.
Que vamos a hacer?
Ser common sense?
Essa é, infelizmente, a solução da grande maioria. E com a desculpa de serem humanistas.
A Psicologia precisa urgentemente de uma grande revisão.

Abraço fraterno do PSYCHO-TALKING.

sexta-feira, 16 de outubro de 2009

FILOSOFIA. JUST A LITTLE BIT

O que seremos nós sem a verdadeira Filosofia?
Que cientistas seremos, se não treinamos o pensar, o imaginar, o discurso, o argumento, o contra-argumento, e claro, os bons modos de o fazer.
A Filosofia, permite-nos ter essa visão que se encarna no nosso corpo e na nossa mente.
Uma visão mais pluralística, mais ousada e mais terra a terra.
Tenho para mim, que no futuro, os círculos da ciência serão temperados pelo amor à filosofia.
Já dizia Ortega y Gasset... não se pode conceber uma ciência se esta não partir da filosofia.
O facto é que temos abandonado esta práctica, considerando-a coisa de mentes menos evoluídas, diletantes ou dispersas. E depois, vem a questão económica.
É claro, não vou concordar com tudo o que foi até agora dito na Filosfia. Há coisas, e toda a gente sabe, que são apenas para "encher linguiça". Mas que seja, como boa filósofa devo responder à intervenção pertinente.
Infelizmente, tal é impossível com certos psicólogos, que em vez de estarem abertos ao fértil diálogo, que é mais do que uma troca de palavras ou ideias, sino que é também uma troca de funcionamentos psicológicos, são extremamente infantis e mal-educados encerrando toda e qualquer oportunidade de geração de insight, de problemas de investigação ou até mesmo de conclusões informais.
É isto que me choca na Psicologia. A falta de amor à Filosofia que a gerou e, em última análise e nada menos importante, a falta de amor à Ciência.
Porque todo o verdadeiro cientista é comprometido com os valores éticos e morais que têm mantido o mundo menos caótico e infernal.
Do contrário, vemos uma total desresponsabilidade, que deve ser exposta e explicitamente criticada. Não me parece boa ideia que isto continue assim... até porque, em termos financeiros não é recompensador. Quem vai valorizar a ciênca psicológica neste estado?
Só um sado-masoquista. Me desculpe, mas eu tenho que lhe dizer, que a situação não é muito favorável para os que fazem isto com gosto, prazer e comprometidamente.
O PSYCHO-TALKING é da opinião que nós não somos obrigados a ter de conviver mais tempo com tal realidade. E que está ao alcance de todos a metamorfose da Psicologia.
Ela precisa ser adubada com Paixão e sentido científico, do qual falaremos mais tarde.
Um grande abraço.
Continuação de um óptimo e frutífero trabalho.
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